sexta-feira, outubro 21, 2011

Movimento caminha a passos largos em prol de UFVJM

Capelinha se agita e movimenta-se para ter campus da UFVJM
 
Do Blog do Banu 

Uma cidade que está envolvida de corpo e alma na luta pela implantação de um campus da UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri é Capelinha, no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas. Uma Comissão formada, na semana passada, se reuniu pela segunda vez, nesta sexta-feira, 21.10, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, para traçar ações a serem desencadeadas.  
Comissão Pró-Campus define ações de mobilização e apoio na cidade e microrregião 
No início da reunião, o Assessor de Comunicação da Prefeitura, Weliton Vitor, expressou o apoio do Prefeito Municipal, Pedro Vieira, ao Movimento Pró-Campus e se colocou à disposição da comissão, para qualquer necessidade. Segundo ele, desde o inicio do movimento, a Prefeitura tem corrido atrás desse pleito, que, para ele, vai além de qualquer sigla partidária ou facção política. Álbano Silveira Machado reuniu-se com Assessores do Prefeito de Capelinha, na quinta-feira.
Weliton comentou sobre uma reunião com o psicólogo Álbano Silveira Machado, um dos coordenadores do Movimento A UFVJM é nossa! , na quinta-feira, 20.10, na Prefeitura, em que ficou impressionado com a quantidade de informações sobre o projeto e o grande impacto que causará em Capelinha e microrregião. Informou que o prefeito municipal pretende contratar uma assessoria para elaboração do projeto e orientação técnica para balizar a implantação do campus.
Comissão de mobilização traça metas e planeja mobilização 
Em pouco mais de 4 dias de mobilização, o abaixo-assinado já tem mais de 2 mil assinaturas recolhidas. Segundo a Comissão, o objetivo é visitar todas as residências de Capelinha, tanto na zona rural, como na zona urbana. Paralelo a esta movimentação na cidade, um grupo deverá visitar lideranças de municípios vizinhos para articular o movimento com a obtenção de apoio.Ainda segundo a Comissão, será agendada uma data no mês de novembro, em que toda a população de Capelinha e região será convocada para uma grande manifestação pública com a presença de deputados votados na região, e cobertura de toda a imprensa regional, mineira e nacional.

Rádio Aranãs está engajada

Um dos meios de comunicação pioneiros na defesa da UFVJM em cidades do Vale foi a Rádio Aranãs. Desde agosto, quando foi desencadeado o Movimento A UFVJM é nossa! vem abrindo espaços para debate e defesa do Vale. Agora, se joga na defesa de um campus para Capelinha.
Jailson Pereira, de costas, entrevista Álbano Silveira Machado, na Rádio Aranãs
Nesta quinta-feira, 20.10, o radialista Jailson Pereira, em seu programa Conexão, entrevistou Álbano Silveira Machado e Hélio Silva, jornalista da cidade.
Foi debatido o projeto do campus da UFVJM e as possibilidades de sua implantação. Jailson destacou as ações de Álbano, através do Blog do Banu e de reuniões na região, e de Maria do Rosário Sampaio, no movimento em defesa da UFVJM no Vale.

Debateu-se o impacto social, cultural e econômico de um campus na cidade e microrregião. Foi informado que a estrutura de um campus gira em torno de R$ 20 milhões. Este mesmo valor é necessário para sua manutenção por um ano, com 12 cursos de graduação com 2 mil alunos. A Universidade tem ações também em pesquisa que pode vir a solucionar problemas regionais e presta serviços de extensão universitária junto aos grupos sociais e econômicos da região.

Jailson e Álbano conclamaram a todos para que se engajassem no projeto, sem distinção de partidos políticos ou classes sociais. Todos os deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores votados na região serão convocados.

Os movimentos sociais que já estão à frente do Movimento devem continuar com toda a sua energia, articulando-se com os sindicatos e associações, além dos agentes politicos representantivos.
Movimento ganha apoio de mais duas cidades 
A implantação do Campus é uma luta de toda uma microrregião composta por 21 municípios. Nesta sexta-feira, 21.10, a Câmara Municipal de Aricanduva manifestou publicamente apoio a Capelinha através de um documento assinado pelos 9 vereadores da cidade. Além do documento, lideranças políticas do município se comprometeram a cobrar dos deputados votados naquela cidade que apóiem a cidade de Capelinha como polo da UFVJM.


Vereadores de Aricanduva reunidos com lideranças políticas de Capelinha.

Outra cidade que também aderiu ao Movimento foi a de Berilo, que através de várias lideranças políticas manifestaram apoio à implantação do Campus em Capelinha.
O vice Governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, manifestou na tarde desta quinta-feira através de uma entrevista na rádio Aranãs FM, quando disse que o Governo de Minas está junto com Capelinha. Quem também se colocou à disposição do Movimento foi o Deputado Estadual Neilando Pimenta, também em entrevista à Rádio Aranãs..
Na próxima terça-feira, a Câmara de Angelândia deve receber uma comitiva da Comissão para selar apoio ao projeto da microrregião.
Saiba como você pode ajudar 
A Comissão apresentou algumas formas de mobilização que podem ser feitas para participar do Movimento Universidade Federal em Capelinha.
 
Uma das formas mais concretas destacadas é aderindo ao abaixo-assinado e convidando amigos e vizinhos para assinarem também. A Comissão lembra que é obrigatório ter um documento de Identidade com nome completo da pessoa. A lista não deverá ser assinada duas vezes.
Outra forma de participação é o envio de um e-mail para o Deputado Federal ou Estadual pedindo que ele que interceda por Capelinha junto ao Ministério da Educação e a Presidente Dilma.

Segue abaixo lista de e-mails de deputados votados em Capelinha:


Os 5 problemas que mais afetam a população de Capelinha


População pede explicações sobre problemas em ruas, na Florae e no cemitério




Nas últimas semanas, a redação do Jornal A Cidade recebeu sugestões de matérias e reclamações da população sobre problemas estruturais em ruas dos bairros Aparecida e Piedade. E também sobre a situação da Florae e do cemitério municipal.
A dona de casa Rosilda Alves, moradora da rua Deca Abrantes, no bairro Piedade, reclama da situação da via. “Tem quatro anos que eu moro nesta rua e até hoje todo ano é assim: político promete, vem aqui e fala que vai resolver, mas todo ano é essa lama por causa da chuva. Só quem mora aqui é que sabe o tanto que é ruim para as mães de família que tem criança. Eu tenho cinco filhos (com idade entre dois e sete anos) e nesta lama não dá para levar na escola sem dificuldade. É uma lama que não acaba mais”.
A aposentada Geralda Costa, de 62 anos, que mora na mesma rua, completa: “É só chover que aqui a rua vira uma barroca. Não dá nem para atravessar a rua sem encher o pé de lama ou correr risco de cair”.
No bairro Aparecida, a reclamação é de Maria do Rosário Rodrigues, outra dona de casa. Ela foi abordada pela reportagem deste semanário quando leva dois de seus três filhos para a escola. “Por causa da situação da minha rua e das ruas perto dela eu tenho que levar meus filhos para a escola, pois morro de medo de atropelamento ou então deles caírem nos buracos. No fundo do meu quintal quando chove alaga. E lá em casa a gente não dorme, com medo da enxurrada arrebentar o muro”.
No final do bairro, há três ruas com sérios problemas; são elas José Alves Martins, Bela Vista e Peçanha. Moradores destas vias alegam que a situação já se estende há anos e que a maior carência é de infraestrutura básica, como calçamento ou asfalto e meio-fio. A chuva, a cada ano, acentua as dificuldades.
Na parte alta do centro de Capelinha, a rua Ouro Preto também é alvo de reclamações. Isso porque, por ser uma subida de grande inclinação, fica quase intransitável quando chove. Pois a enxurrada faz parte do solo ceder, abrindo enormes crateras, fato que dificulta a vida de quem precisa utilizar a rua e, principalmente, a de quem mora nela. O motorista Robson dos Santos, de 22 anos, que tentava subir a rua na manhã de terça-feira (18), chegou a brincar: “Para conseguir andar aqui, a pessoa tem que ter feito curso para escalar montanhas”.


Florae e cemitério

Antigo palco de eventos e promoções sociais nas décadas de 80 e 90, a Florae de Capelinha atualmente é um imóvel à espera de reforma e melhorias para a implantação de programas sociais. Uma visita rápida pelo local revela a falta de manutenção. Em um dos muros da quadra é possível ler uma frase sobre venda de drogas. Em outra parte, há uma pichação com a palavra ‘crack’.
Outro assunto em voga entre os leitores deste jornal é o cemitério de Capelinha. Construído há mais de 20 anos, o local já não mais comporta a demanda, considerando o crescimento populacional e o número de óbitos. 

 RESPOSTA DA PREFEITURA 

Convênios e projetos

Para responder a estas questões, a reportagem ouviu o assessor de Comunicação do município, Wellington Gomes Vitor, e apurou que na maioria dos casos citados faltam recursos financeiros para a conclusão de obras. Segundo o assessor, estão sendo aguardados recursos de convênios realizados entre o município e os governos estadual e federal. Em relação às ruas do bairro Aparecida, a informação é a de que na José Alves Martins serão utilizados recursos do próprio município. Enquanto as melhorias nas ruas Peçanha e Bela Vista dependem da liberação da verba de um convênio com o governo do Estado. Os documentos foram encaminhados em agosto, mas até o momento não houve o repasse aos cofres do município.
“Posso afirmar que no bairro Aparecida nenhuma administração fez o que esta fez. A maioria das ruas recebeu melhorias significativas e só faltam três para concluir as obras”, comentou Wellington, que completou: “Os recursos ainda não foram liberados; e tão logo sejam depositados, a Prefeitura fará a licitação e determinará o início das obras”.
Sobre a situação da rua Ouro Preto, ele explicou que o serviço de rede pluvial já foi feito. E ainda que há bloquetes no pátio da Prefeitura para serem instalados e, assim, concluir a pavimentação do local. A obra, ainda segundo o que foi apurado, está sendo construída por etapas, sendo que já existe um trecho asfaltado, na parte alta da rua. A previsão é a de após o período chuvoso sejam retomados os trabalhos.
A situação da Florae é de conhecimento do município e, ainda segundo o assessor de Comunicação, existe um regime de comodato entre Capelinha e a Associação do DER (Departamento de Estradas e Rodagens), órgão proprietário do imóvel. Para que no local sejam instalados programas sociais que beneficiem a população, o representante do município esclareceu que faltam verbas. Questionado pela reportagem se a Prefeitura tentou parcerias com empresários locais, Wellington lembrou que muitos foram convidados para uma reunião a fim de serem apresentadas formas de contribuição com programas desta natureza, através de descontos em tributos e impostos. Mas a maioria dos convidados não compareceu ao evento.

Prefeitura começará a vender espaços do ‘novo cemitério’

No que se refere ao cemitério, o assessor de Comunicação Wellington Vitor informou que a Prefeitura comprou (e já pagou, com recursos próprios) um terreno ao lado do atual, para abrigar um novo local de sepultamento. “Está sendo concluída a elaboração de um projeto, que será enviado à Câmara Municipal. Os túmulos não serão mais no sistema de sepultura cavada, mas sim no de gavetas. A princípio iremos disponibilizar, possivelmente ainda este ano, a venda de 50 espaços. Com o dinheiro arrecadado, começaremos a murar e a fazer a infraestrutura inicial”, concluiu.