domingo, maio 06, 2012

Conheça o que faz Academia Capelinhense de Letras


José Carlos Machado é
Escritor,Historiador, Pesquisador
 e Membro do Instituto Geográfico
de Minas Gerais 
No último dia 18 de Abril, a Academia Capelinhense de Letras elegeu o Professor José Carlos Machado como presidente da ACL. Em entrevista, recém eleito, fala sobre projetos da ACL e garante lutar pela literatura local.

A CIDADE. O que é a ACL?

JOSÉ CARLOS: A ACL é uma entidade, que congrega pessoas do fazer literário, artístico e cultural de Capelinha. Compõem de 25 cadeiras, que serão ocupadas inicialmente por no máximo 10 acadêmicos.

A CIDADE: Como surgiu a ideia de criação desta Academia?

JOSÉ CARLOS: A ideia de se criar a ACL, surgiu a quase 12 anos, numa idealização de um grupo de pessoas que incluíam o advogado falecido Dr. Fabiano Otoni, Eu, Tadeu Oliveira, Tico Neves e a Professora Lúcia Cordeiro. Após algumas reuniões mais pessoas aderiram a esse grupo. A academia não foi criada antes por algumas divergências de caráter ideológico relacionadas às exigências para se participar dela. Por exemplo, o Dr. Fabiano, contrariamente à maioria, defendia uma academia elitista, que afinal não vingou, porque a ACL foi criada, sob uma concepção de uma entidade mais aberta.

A CIDADE: O que faz a ACL?

JOSÉ CARLOS: Está em fase de elaboração de seu estatuto, que prevê os seus fins e objetivos, dentre os quais destaco a união dos escritores Capelinhenses, em torno de nossa literatura, arte e cultura.

A CIDADE: Quais são os projetos da atual diretoria da Academia? 

JOSÉ CARLOS: Inicialmente há de ser feito um trabalho de oficialização da academia, qual seja registrar seus documentos básicos (atas e estatutos), além de elaborar o seu Regimento Interno. Em médio prazo pretende-se criar um acervo bibliográfico que reúna toda a produção literária de Capelinha, do Vale do Jequitinhonha, de autores consagrados no Brasil e no Exterior. Ainda também em médio prazo a ACL pretende admitir novos membros.

A CIDADE: Quais são os requisitos para participar da ACL?

JOSÉ CARLOS: O estatuto da ACL estabelecerá os critérios para admissão de membros. Como requisitos, o candidato a membro deverá possuir notório saber no campo da literatura, da ciência, da arte e cultura geral. Além disso, deve dominar conhecimentos da língua portuguesa e ter escolaridade mínima em nível de segundo grau completo.

A CIDADE: Na sua avaliação, capelinha tem incentivado a produção literária?

JOSÉ CARLOS: Sim, aliás, em capelinha tem-se a felicidade de conseguir apoio para todo e qualquer empreendimento, sobretudo das empresas locais. A Academia nasce exatamente com o objetivo de apoiar e incentivar projetos no campo literário.

A CIDADE: Atualmente, uma das grandes reclamações dos profissionais da educação, é o desinteresse dos alunos pela literatura. O que o senhor pensa que deveria ser feito, para solucionar esse problema?

JOSÉ CARLOS: Na qualidade de quem militou em educação por muitos anos, defendo que um dos caminhos mais viáveis para o aprendizado é a leitura.  Deve-se, com todo o empenho e a qualquer custo, incentivar o gosto pela leitura. O aprendizado da escrita virá em decorrência desse esforço. Só escreve bem, quem muito lê. A ACL promoverá atividades que estimulem o gosto pela leitura e escrita em parceria com as escolas, inclusive concursos literários.

A CIDADE: O que o senhor recomenda para aqueles que querem se iniciar na arte literária?

JOSÉ CARLOS: Primeiramente, um grande volume de leitura. A leitura enriquece o conhecimento e o argumento. Depois, vem o ato propriamente de escrita, facilitado por essa prática de leitura. A rigor, até mesmo um analfabeto seria capaz de produzir arte literária, se alguém intermediasse o seu conhecimento com o ato da escrita. Em outras palavras, um analfabeto detém conhecimentos, no quais não consegue expressar por escrito.

A CIDADE: Considerações finais
JOSÉ CARLOS: Como Presidente da Academia, pretendo que ela venha somar ganhos para a cultura capelinhense e que ela obtenha o apoio do qual precisa para crescer e se firmar.

 ATUALMENTE NA REGIÃO, NÃO HÁ NENHUM REGISTRO DE FUNCIONAMENTO DE ACADEMIAS DE LETRAS, TORNANDO INÉDITO O AVANÇO DA COMUNIDADE CAPELINHENSE PARA COM O APOIO DOS DIVERSOS INTELECTUAIS QUE PRODUZEM CULTURA, LITERATURA E ARTE NA REGIÃO