domingo, março 18, 2012

Uma mulher, uma pesquisa e o sonho do povo

 A História da mulher que transformou o sonho das mulheres do Vale na maior luta da história por universidade no Brasil

"Nós não somos cidadãos de segunda classe, queremos respeito para com a nossa luta". Maria do Rosário Sampaio 

Hélio Souza 

A história do movimento em prol de um Campus da UFVJM em Cidades do Vale, remonta um período um pouco mais distante do já conhecido. Essa luta, tem como personagem a pesquisa de doutorando realizadano período de Novembro de 2010 a março de 2011, nos 4 cantos do vale, para saber o real anseio das “Viuvas de Maridos Vivos”  do Vale do Jequitinhonha

Ao realizar diversas entrevistas com mulheres e grupos sociais do vale, Maria do Rosário Sampaio que é Jornalista, Pesquisadora FUNDACENTRO/MTE e Doutoranda PPGSS/UERJ, ou Zara Sampaio como gosta de ser chamada, descobriu algo comum entre elas:o sonho de que seus filhos possam  aceder à universidade pública na própria Cidade, já que não viam o PROUNI como solução ,pois não dispõem de recursos que este  requer.Para elas, uma universidade poderia estancar o fluxo migratório do qual sua família tem historicamente participado.Além disso, sabem que as inovações técnicas-científicas, cada vez mais rapidamente, expelirão  a força de trabalho dos processos produtivos.

Neste cenário, a sensibilidade da Jornalista, voltou-se para o interesse em mobilizar essas “filhas sofridas do vale” pela luta por educação superior gratuita em Capelinha, cabendo-lhes como tarefa inicial, coletar assinatura de adeptos à causa e envio da documentação produzida às autoridades competentes.

Vendo que isso não suficiente, Zara Sampaio conta que decidiu enviar  mensagens a muitos que pautam "o andar brasileiro " seja pelo prestígio, seu poder econômico ou político.

Com efeito, em agosto de 2011, a Presidente Dilma anunciou que a expansão da UFVJM não contemplava o seu próprio território. Tal notícia contrariou o povo do Jequitinhonha, que através das redes sociais, postaram diversos protestos, contra a decisão. 

Álbano Silveira, Banu, foi um dos Fazedores do vale, que respondeu no mesmo tom e dose de insatisfação com as decisões reveladas pelo governo. Ali,na mesma hora e juntos, decidiram lançar uma petição pública on line, com a marca do  movimento “A UFVJM é Nossa surgia.

Eram então um grupo pequeno,mas,muito produtivo formado por Maria do Rosário Sampaio, Albano Silveira,Eric Renan Ramalho,Bernardo Vieira,Pedro Higino Freire,Omar Freire, Marta Sampaio,Douglas Lima,Anna Angélica Soares, Francianny Bezerra,Marlice Ornellas,Hélio Silva, Fábio Xavier (moderador do blog avança Jequi,onde reuniões on line aconteciam inicialmente)etc.

Em encontros diários via facebook, discutiam as estratégias para enfrentamento da questão e elaboravam documentação a ser enviada à Reitoria e  Conselho Universitário- CONSU da UFVJM.

Em nome do movimento, correspondências foram enviadas ao Reitor da UFVJM.  Participaram da reunião de CONSU quando foi anunciada a decisão de acatar nossa reivindicação: instalação de 3 (três)campi da UFVJM no Jequitinhonha adentro.

Assim que esta decisão se tornou pública, o Vale do Jequitinhonha se envolveu completamente na luta tendo o movimento recebido milhares adeptos de todos os cantos em poucos meses.

Na Avaliação da idealizadora Maria do Rosário Sampaio o movimento social teve uma importância muito grande para que tudo se concretizasse.

A mulher, forte e guerreira, hoje se sente aliviada, e se prepara para a próxima etapa: A construção do Campus Universitário em Capelinha.

Movimento popular quer instalação de campus da UFVJM este ano

DO BLOD DO BANU 
O Movimento “A UFVJM é nossa!” quer a instalação de campus da Nossa Universidade em Capelinha, Araçuaí e Almenara, o mais rápido possível. Esta é a posição de Maria do Rosário Sampaio e Álbano Silveira Machado, dois coordenadores regionais do Movimento. Para isso, está agendada uma audiência no Ministério da Educação, nesta quarta-feira, 21.03, em Brasília.

A audiência é exclusiva e terá a participação de lideranças do Movimento das cidades de Capelinha, Araçuaí e Almenara. Nenhum representante político foi convidado. O Movimento apresentará a concepção de campus, a viabilidade de início de execução do projeto ainda este ano, com as sedes de campus sendo iniciadas em um mesmo período.

A proposta é que no próximo mês haja Seminários ou Audiências Públicas na região, nas três cidades - Capelinha, Araçuaí e Almenara-, para debater quais cursos seriam criados e as indicações técnicas para construção da infra-estrutura.

Depois da aprovação pelo Conselho Universitário da UFVJM, nesta sexta-feira, o próximo passo é a Reitoria fazer visitas às cidades escolhidas e realizar uma avaliação técnica dos terrenos já disponibilizados para serem doados.

O Movimento quer pressionar o MEC para disponibilizar os recursos necessários para a estrutura física, cerca de R$ 12 milhões, e a disponibilização de 260 professores e técnico-administrativos para trabalharem nas novas unidades de ensino a serem criadas. 

Câmara cria Comissão para tentar resolver problema da secretaria de esportes

Presidente Critica falta sede para secretaria de Esporte, cria comissão e Contrata funcionário para atender desportistas



Por Hélio Souza 


R$ 3 mil Reais. Esse é o salário do Comando da pasta da Secretaria de Esportes de Capelinha. Sem um escritório próprio, a pasta é comandada Pelo Contabilista Dilson de Moraes, que diretamente de sua empresa, divide seu tempo entre as atividades da Secretaria e os problemas Empresariais.

O caso é avaliado com negatividade por dezenas desportistas e pelo presidente da Câmara Municipal, Laerte Barrinha, que acredita que a pasta de esportes deveria ter uma secretaria própria. “Quem precisa resolver algum problema na secretaria de esportes, não sabe onde procurar porque não existe um local especifico para atender a população” enfatizou.

Através de um oficio encaminhado por mais de 10 Clubes de Capelinha à Câmara Municipal de Capelinha, vereadores Criaram a Comissão de Esportes através de um decreto lei e Contratou um funcionário para atender os times, que necessitam de orientação para resolver pendências burocráticas.  

Comissão esportiva caminha a passos largos

Representantes de times, desportistas e convidados, participaram no último dia 8 de março, no Plenário da Câmara Municipal, de uma reunião convocada pela Comissão de Esporte da Câmara Municipal para debater a realidade do esporte em Capelinha.

Na pauta, esportistas discutiram a regularização dos Clubes, Criação da LDC (Liga Desportiva Capelinhense), fortalecimento do Campeonato Municipal e apresentação de um calendário anual de eventos esportivos e de lazer.

Diversos participantes usaram da tribuna para enfatizar a importância do esporte que há muito tempo está abandonado. O primeiro a usar a tribuna foi o Presidente do Internacional Tarcisinho, que lembrou a necessidade de união dos clubes para que o esporte melhore. Plínio, do Império do Morro, solicitou espaço para que novas equipes também possam disputar o campeonato municipal e se legalizarem. O vice-presidente do Independente reclamou da falta de apoio do clubes pela Secretaria Municipal de Esportes, do calendário esportivo e das dificuldades enfrentadas por clubes que querem jogar no Estádio Newton Ribeiro. Outros participantes como o Diretor do Vila Nova, João Chaves, a Coordenadora do Projovem Cula Sampaio, a Representante do clube Aranãs Déia Sampaio e o Presidente da Associação de Ponte Nova também falaram à tribuna.

Presidente da liga de Turmalina,  faz palestra e aponta positividade na criação da LDC

Em turmalina, a liga Turmalinense de Futebol faz o esporte acontecer. Isso foi o que o presidente da liga, Agnaldo Fróis mostrou através de palestra. Segundo ele, o Campeonato Municipal de Turmalina é disputado por cerca de 10 equipes com uma média de mais de 1400 torcedores por rodada.

Contra o presidente, que durante o Campeonato Municipal de turmalina, o estádio é de responsabilidade da liga. “Em 2011 nós quitamos todos os nossos compromissos com o valor arrecadado durante o campeonato, e ainda sobrou R$ 70 mil, que dividimos entre os clubes que participaram da competição. Para este ano, a previsão é de R$ 100mil” Enfatizou.

O bons resultados em Turmalina, também refletiu no índice de criminalidade do município. Segundo um relatório da promotoria local, a ocorrências policiais durante os 4 meses de evento foi reduzido a quase zero.

Fróis acredita que a Liga é essencial para o fortalecimento dos clubes e do campeonato municipal. E só assim as equipes turmalinenses estão recebendo verbas de subvenções municipais, estaduais e federais.